O movimento parece não ter fim

O vício ou a necessidade são  tão intensos e ilusórios que você pega o celular, ciente do que queira fazer, desbloqueia-o, transita pela tela inicial, clica no menu, abre a página original com todas as aplicações, passeia, passeia e passeia por ali, meio perdida, meio sem rumo, porém sem céu azul ou caminho qualquer.
Toma ciência do que está fazendo e não se recorda das razões que te levaram a pegar no celular. Se frustra e, para a viagem não ser "inútil", abre o bloco de notas e escreve sobre isso.
Claro, mais tarde, no wifi, publica; a fim de compartilhar o sentimento, esperançosa de que alguém se identifique, confortando-se em sentir-se menos só nesse caos civilizador.
O movimento parece não ter fim.

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