nem mesmo as máquinas resitem

Até meu próprio computador já perdeu a noção de temporalidade, configurei uma pasta para classificar os arquivos de acordo com a data de modificação, e para minha surpresa uma das classificações era: "há muito tempo". Estamos verdadeiramente perdidos nestes fragmentos temporais da pós-modernidade.
PS: por hora, eu ando lendo Latour que tenta descontruir todo esse sonho moderno/pós-moderno, mas por enquanto ainda não me convenceu por completo, vamos ver até o fim da leitura.

Enquanto isso, vou me jogando nos filmes que 'há muito tempo' estão pra ser assistidos, mas nem. Daí, páro pra escrever isso neste blog, só pra servir de desabafo que chega a poucos ouvidos, quando chega. talvez uma forma de conversar indiretamente com outras pessoas, já que o quarto vazio de outras almas além da minha não me dá ouvidos. Daí, vou me perdendo nesse texto sem intencionalidade nenhuma, quer dizer, pensando melhor até tem sim, logo eu que sempre falo que estamos afundados em política, e interesses, talvez este texto seja intencional no sentido de procurar não ter um sentido real. O que eu quero é que ninguém mais entenda o que escrevo, e que isto sirva de limites da comunicação pra mim mesma, e para os outros.
Mas por que continuar escrevendo então? Não tenho nem o que questionar, não tenho mesmo o que falar, e nem sei se deveria publicar, mas se não o fizer, todo o trabalho de fugir de uma coerência, e uma busca do parco surreal que tento explorar por aqui seria completamente em vão.
Em vão no sentido de eu não poder provar e provocar os outros com tamanha desnecessidade da existências destas palavras, então no fundo eu falo pros outros também, e falo muito mais do que achei. Deve ser isto.
(continua, mas não espere as próximas palavras, talvez elas nunca sejam de fato escritas)

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